TEMA DE 2008:

UM OLHAR REFLEXIVO SOBRE A POLÍTICA...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

DECIFRANDO A NOSSA BANDEIRA


TEXTOS DOS ESTUDANTES DO 1º ANO C



DA CRUELDADE E DA CLEMÊNCIA E DE QUAL É MELHOR: SER AMADO OU TEMIDO?

Flávia Carolina, Leticia Cerqueira, Vitória, Juliana Rosa, Manoela[1]

O capitulo XVII do livro O príncipe fala sobre como o governante deve ser visto pela sociedade.Se o governante deve ser amado ou temido. Para Maquiavel, o governante deveria ser ambas as coisas, mas é difícil conciliá-las.Pois, para o governante, é preferível ser temido se tiver que escolher entre uma das duas opções,uma vez que, caso seja amado, poderá ser levado a agir em favor dos seus amigos.Citando as palavras de Maquiavel:

Os homens hesitam menos em prejudicar um homem que se torna amado do que outro que se torna temido, pois o amor mantém-se por um laço de obrigações que, em virtude de os homens serem maus, se quebra quando surge ocasião de melhor proveito.Mas o medo mantém-se por um temor do castigo que nunca nos abandona. (Maquiavel – pág.90)

O governante deve ser temido, mas não a ponto de ser odiado, ele deve ser respeitado e sua palavra, quando enunciada, é o mais importante.Todo governante tem o dever de cumprir suas promessas e honrar suas origens.Maquiavel ainda nos revela que:

Quando um príncipe comanda um exercito tendo às suas ordens uma multidão de soldados, então não se deve preocupar nada com a fama de cruel, pois sem ela um exército nunca é unido (Maquiavel-pág. 90)

Para o filósofo, num exército a fama de cruel é necessária, já que os militares não devem temer a luta, já que é necessário lutar para poder defender o seu país.
Para Maquiavel, o bom governante deve ter virtudes principescas, virtudes estas que seriam exclusivas do governante justo.Essas virtudes são: justiça, sabedoria, coragem, moderação, honradez, magnanimidade e liberalidade.Caso o governante tenha todas essas virtudes, ele poderá legitimamente desejar: a glória, a honra e a fama.
O verdadeiro príncipe não se deixa arrastar por paixões
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POR QUE OS PRÍNCIPES DEVEM HONRAR A SUA PALAVRA?[2]

Anna Karina, Flávia Azevedo, Letícia Pedra, Kamille Brandão[3]

O príncipe deve ter o cuidado de evitar que lhe saiam da boca palavras que não possuam as cinco qualidades que mencionei atrás e de parecer, a quem o veja e ouça, todo misericórdia, todo fidelidade, todo integridade, todo religião.. .(Maquiavel – pág.95)


Maquiavel nos ensina que a imagem de um príncipe deve ser a da verdade.O príncipe não precisa necessariamente falar a verdade, mas transparecê-la, já que para manter a ordem na sociedade e o seu poder às vezes torna-se necessário o uso de inverdades, de forma branda e suave, sem ferir a verdade.

Por isso, o príncipe deve honrar sua palavra, cumprir suas promessas e manter sempre seu plano de reinado.As cinco qualidades que o príncipe deve possuir são compassividade, fidelidade, humanidade, integridade e religiosidade.O príncipe não precisa ter as cinco qualidades mencionadas, mas deve ao menos transparecê-las e assim constituir uma imagem honrosa e digna para construir um bom reinado.

As palavras do filósofo Maquiavel nos levam a pensar sobre promessas feitas principalmente por políticos e sobre a falta de compromisso para com as pessoas.Os políticos usam suas palavras para prometer coisas que não podem cumprir ou muitas vezes não querem, pois a falta de ética impede que olhem para os outros.
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POR QUE OS PRÍNCIPES DEVEM HONRAR A SUA PALAVRA?[4]

Moana Kelly, Letícia Santana, Tâmara, Rafaella, Stephane, Mariana Carvalho[5]

Os homens, em geral, julgam mais com os olhos do que com as mãos, porque todos podem ver facilmente, mas poucos podem sentir.Todos vêem bem o que pareces, mas poucos têm o sentimento do que és. (Maquiavel – pág. 95)

Nesse trecho da obra O príncipe, o autor quis relatar que as pessoas julgam pelo que vêem. Contudo, não deveriam julgar pelas aparências, mas sim conhecer através de sentimentos.Infelizmente isso não ocorre, gerando, portanto, conflitos, discórdia e desunião entre as pessoas.
Do ponto de vista atual, o trecho nos faz perceber que uma parte da população vem sendo prejudicada por votarem em governantes que aparentemente são “bonzinhos” e que prometem coisas fundamentais para a sociedade e não o fazem.Consideramos a corrupção por parte de alguns governantes desprezível.
Durante a leitura do capítulo XVIII surgiram vários questionamentos, dentre os quais destacamos:
- Como os políticos podem honrar sua palavra?
- Será que hoje há algum político que preste e que tenha as qualidades que possam fazer dele um homem correto, capaz de governar um país com dignidade?
Maquiavel em sua obra nos diz que o político deve se preocupar em ser compassivo, fiel, humano, íntegro e religioso.Para o filósofo o político deve saber agir como leões e raposas.Leões para espantar os perigos que seu país pode vir a sofrer e raposas para poder desviar das armadilhas montadas pelos inimigos.
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COMPREENSÃO DO CAPÍTULO XVII e XVIII DA OBRA O PRINCIPE

Brenna Alves, Inga Berbert, Diana Santana, Mateus Barreto, James Menezes[6]

Portanto, não deve preocupar o principe o fato de, para conservar todos os seus súditos em união e obediência, ganhar fama de cruel, pois será muito mais compassivo do que os príncipes que, por excesso de clemência, deixam alastrar as desordens, das quais se geram assassínios e rapinas.(Maquiavel – pág.88)

A partir deste fragmento, entendemos que um principe, um governante, ou qualquer pessoa que tenha como dever mandar, devem ser rígidos, porém devem ser na medida certa, para não serem odiados, pois dessa forma evitarão a desordem, já que sempre serão temidos, colocando limites em seus súditos.
As pessoas que vivem num reino governado por um principe que tem clemência vivem sob o medo da desordem, pois, quando o principe tiver que negar algo as pessoas, provocará revolta.
O trecho fala que um príncipe não deve governar com bondade, mas sim com severidade, pois um rei, um principe devem governar seu reino a fim de que efetivamente seja organizado.O principe deve ser temido por seu povo, porque só assim terá um reino onde não há desonestidade, falta de respeito e exploração.Portanto, um rei deve ser temido, mas não a ponto de ser odiado.
No capítulo VXIII, Maquiavel nos diz que:
... Um principe precisa saber ser animal e homem.(...) Um principe precisa saber utilizar uma e outra natureza e que uma sem a outra não é durável.Já que um principe deve saber utilizar bem a natureza animal, convém que escolha a raposa e o leão. (Maquiavel – pág.93)

Esse fragmento do texto revela que existem duas maneiras de controlar as pessoas que não acatarem as ordens do príncipe: pelas leis ou pela força.Maquiavel afirma que a primeira é própria dos homens e a segunda é própria dos animais.
Fala-nos também que o homem deve ser sábio e aprender a ser como um leão para espantar os lobos do seu reino e deve ser também como uma raposa sabendo em que caminho deve andar para se afastar das armadilhas dos inimigos.
Aqueles que querem ser apenas como o leão não percebem e caem em armadilhas, e aqueles que querem ser apenas como as raposas têm astúcia, mas não têm força e não saberão se defender dos inimigos, ou seja, o leão não tem esperteza para escapar das emboscadas e as raposas não se fazem temer.
Maquiavel mostra o poder que a sabedoria tem sobre o homem, pois um homem sábio sabe ser humilde e um humilde reconhecerá sempre seus erros.
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DA CRUELDADE E DA CLEMÊNCIA E DE QUAL É MELHOR: SER AMADO OU TEMIDO?

André Luís, Lucas Rodrigues, Leonardo Ribeiro[7]

O principe deve desejar muito ser considerado compassivo, e não cruel.No entanto, deve acautelar-se e não aplicar mal a sua clemência.
(Maquiavel – pág.88)

Estas frases iniciam o capitulo XVII da obra O principe, e Maquiavel lança uma famosa indagação: seria melhor ser amado a ter que ser temido, ou o inverso?Numa entrevista, tal indagação provocaria a formação de uma má imagem de Maquiavel, aos mais leigos, mas não é assim que devemos ver um dos melhores capítulos da obra-prima do filósofo e cientista político.Maquiavel nos brinda com uma conduta que todo governante deveria seguir, a saber, o ser prudente.Revela também que um bom governo não é feito de ilusões ou repressão, mas a partir do tino, da sensatez, o que trará boas conseqüências para o reino.Em outro momento do capítulo, Maquiavel nos diz que:
Não deve crer nem agir levianamente, nem se deixar invadir pelo medo, mas, sim, proceder de modo moderado, com prudência e humanidade, para que o excesso de confiança não o torne imprudente e o excesso de desconfiança não o torne insuportável. (Maquiavel - pág.89)

Esse fragmento do texto nos revela que não se deve acreditar e nem agir de maneira mal pensada, não se deve deixar guiar pelo medo, mas, sim, caminhar com equilíbrio, cautela e humanidade, para que a quantidade de confiança não faça do principe um governante imprudente e que o excesso de desconfiança não o torne um ser insensível e ruim.Maquiavel aconselha o principe a pensar e refletir bastante antes de realizar qualquer ação.Finalizamos nosso trabalho com a seguinte citação:
Quando um príncipe comanda um exercito tendo às suas ordens uma multidão de soldados, então não se deve preocupar nada com a fama de cruel, pois sem ela um exército nunca é unido, nem está preparado para actuar. (Maquiavel - pág. 90)

O fragmento acima diz que um príncipe, para liderar um exército, tem que ter autoridade sobre esse exército.Tem que se fazer respeitar, podendo até receber a fama de cruel, pois com essa fama o exército se tornará unido e estará sempre pronto para atuar.O principe tem que tomar cuidado em não deixar o temor da multidão se transformar em ódio.
[1] Estudantes do 1º ano C
[2] O Príncipe de Maquiavel - capítulo XVIII
[3] Estudantes do 1º ano C
[4] O Príncipe de Maquiavel - capítulo XVIII
[5] Estudantes do 1º ano C
[6] Estudantes do 1º ano C
[7] Estudantes do 1º ano C